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09 de Novembro de 2011, 19:26

Madeira

Jardim: «É tempo de pensar em coisas mais sérias que contabilidade pública»

O presidente do XI Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, afirmou hoje ser tempo de "pensar em coisas muito mais sérias" do que apenas as questões de contabilidade pública.

 

"Vai sendo tempo de pensar em coisas muito sérias, e muito sérias não são apenas as questões da contabilidade pública", disse Jardim no seu discurso de tomada de posse do XI Governo Regional, o décimo consecutivo a que o líder social-democrata madeirense preside.

 

Para o governante insular, "a autonomia Política é um processo dialético constante que, se colonialmente impedido, faz regredir o esforço de coesão nacional, até agora conseguido manter, mas de impossível sustentação futura, caso sejam esfrangalhadas as propostas autonomistas da Assembleia Legislativa da Madeira".

 

O líder regional sustentou que "o futuro da Madeira e do Porto Santo só pode ser o que o povo madeirense quiser, e não o que outros impuserem", adiantando que este "encontrou na autonomia política, no seio da República Portuguesa, o seu caminho de emancipação".

 

Contudo, segundo o governante madeirense "não há verdadeira autonomia, não há a emancipação a que o povo deste território tem direito, sem o exercício do seu poder tributário próprio, um sistema fiscal próprio e adequado às circunstâncias e objetivos da população da Madeira e Porto Santo".

 

"Temos de ir para a frente, temos arduamente de tentar sair disto e, portanto, devemo-nos empenhar, com maior transparência e sem urdiduras de sociedades secretas", defendeu.

 

Mas considera que isto tem de acontecer "numa coesão efetiva, sem medíocres conflitos políticos internos do passado, com a ousadia de proceder, já, às reformas constitucionais e legais que se impõem inadiavelmente, e sobretudo colocando a política financeira ao serviço inteligente do alavancar da Economia".

 

O líder regional admitiu estar "de acordo que são precisos fortes sacrifícios para se sair desta situação de catástrofe económico-financeira", argumentando ser possível "uma nova revolução, personalista, apontada ao primado da pessoa humana, com o indispensável e equitativo intervencionismo do Estado".

 

"É possível, com um compromisso histórico entre diversas correntes políticas portuguesas, por muito diferentes que sejam, e envolvendo também instituições como a Igreja Católica e as Forças Armadas", frisou.

 

SAPO

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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