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25 de Outubro de 2011, 09:35

Enfermeiros vão realizar tarefas de médicos nos centros de saúde

De acordo com o jornal i, os enfermeiros serão, a curto prazo, a solução do Ministério da Saúde para conseguir cumprir o objectivo de tornar os cuidados primários o pivô do SNS, diminuindo o recurso a urgências e consultas hospitalares e aumentando o acesso da população a este tipo de serviços. O objectivo não é substituir os médicos nas suas competências, mas aliviar algumas áreas como o acompanhamento de doentes crónicos ou a renovação de receituário.

Para a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, a iniciativa é positiva, mas terá de ser bem clarificada pela tutela. “É preciso sublinhar que os enfermeiros não substituem os médicos, mas há competências que já têm e podem desenvolver, de forma a diminuir o recurso à consulta médica.” Gestão da terapêutica de portadores de doença crónica, vigilância de gravidezes de baixo risco ou consultas de desenvolvimento infantil são algumas das áreas onde Maria Augusta de Sousa entende que poderá haver um alargamento de competências.

Em muitas situações, os enfermeiros já são responsáveis pelas intervenções, mas não têm autonomia, aponta a bastonária ao jornal i. Esta é também a visão de Guadalupe Simões, dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. “Os enfermeiros hoje são responsáveis por praticamente todo o acompanhamento domiciliário de doentes crónicos. Mas quando é preciso substituir algum dispositivo, por exemplo num doente colostomizado ou algaliado, tem de ser um médico a prescrever”, diz Guadalupe Simões.

Atualmente há 5478 especialistas em medicina geral e familiar nos centros de saúde e noutras unidades de proximidade do SNS, menos mil do que seria desejável. Segundo um estudo da Administração Central do Sistema de Saúde sobre as necessidades actuais e futuras de médicos no SNS, a que o jornal i teve acesso, até 2020 o número de médicos de família a seguir para a reforma não vai parar de aumentar. Os médicos em formação também não são suficientes: o sistema só terá capacidade para formar 3543 novos especialistas, prevendo-se um défice entre 314 e quase 2 mil médicos, se se tiverem em conta os rácios europeus.

SAPO

Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.

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